o tuga médio...
Ora o tuga médio costuma efectuar longuíssimas prelecções que tem em geral como destinatários os filhos (enquanto o aturam... e os cães), isto porque em geral a mulher do tuga, padecendo das doenças do tuga, está normalmente na simetria das bujardas do tuga... e como conhece profundamente o mamífero evita dar-lhe ouvidos, e quanto aos demais, se por acaso o tuga médio evidencia alguma iniciativa de início de prelecção, esta iniciativa, pelo risco conhecido de contágio, dá origem ao curioso fenómeno de vários tugas médios preleccionando ao mesmo tempo, furiosamente, em crescendo de decibéis, cada um dos tugas fazendo valer, nestes sonoros solilóquios, uma extraordinária bagagem de argumentos inverosímeis mas sublinhados por contracções do rosto e gestos definitivos, até que...até que em geral se produz um silêncio pesado em que cada um dos tugas se entreolha, esquecidos do assunto original, mas firmes nas convicções de entrada e de saída. Nessa altura as interjeições são de simultânea concordância, discordância e de reafirmação não importa do quê, mas e sobretudo da razão que assiste sempre ao tuga.
Mas, tudo isto vinha a propósito do tipo de opiniões que o tuga faz desaguar na cabeça dos filhos que o olham com enfado, com reverência e na esperança que alguém toque à campainha. O tuga tem do mundo uma visão mais que antropocêntrica, uma visão Eucêntrica. Contudo, como aprendeu vagamente na catequese que é pecado sair do rebanho de borregada, resolve o paradoxo, que nas mais das vezes nem sequer se dá conta, com a teoria de que se deve entrar anónimo na vida, pelo meio não levantar ondas e finalmente sair incógnito. Tudo isto claro está sob a máxima - "Nunca se ofereçam de voluntários para nada e nunca dêem nas vistas que isso só dá chatisses."
Injusto, seria deixar de mencionar a máxima intemporal dos tugas. "Filho faz o que te digo não faças o que eu faço".
to be continued....
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