Caros co-conspiradores
e aderentes desta Associação Criminosa e Gastronómica Sem Fins Lucrativos, que o ano que se segue nos mantenha de bom humor e mãos limpas (tão limpas como a conta bancária...). E, se possível, vivos.
Um abraço. Avé. Salud! Prozt! Shalom! Cheers! Ugh!
Se você julga que cachaça é água...
cachaça não é água não...
Um bom ano para todos e nada de exageros para não ficarem como o Hermi “:OP
pode num ser a pior violação ética....
mas é a mais divertida...aquela da Clara Pinto Correia que plagiava artigos na Visão com muito amor.....
outra coisa....
eu axo quera de considerar o blog do Dalton como blogue fundador..... o qué que opinam?
caneco pá....
é preciso ver o mail....pá temos um pedido de adesão e ninguém tinha dado por isso...o qué candam a fazer hã? a comer filhozes?
bão lá ber o blogue do ar fresco temos de decidir....
Nestes dias até ao fim do ano.....
pergunto aos meus caros comensais.....qual foi o pior caso de violação de regras éticas? o helicóptero de Lamego.... o jipe do Miguel Sousa Cintra.....a libertação dos presos em directo pelo João Baião....a cunha da filha do ministro Cruz.....a conta do sobrinho taxista do Isaltino....ou outras?
...ó cum c*****o...
então ninguém posta...?!?!?!
....hãã... ":O?
Como eu o entendo...
Parece que já acabou mas, mesmo assim, aqui fica um pequeno conto em glória desta bela quadra de convívio familiar.
O PATUSCO
Lá em casa tínhamos um cão, um grande cão pastor da Serra, que o meu pai arranjara por via dos ladrões. Às vezes atirava-se às pessoas, só por brincadeira, claro. Também comia que se fartava, andava sempre a farejar aquilo a que pudesse deitar o dente. Comigo dava-se bem, saltava quando eu dizia para saltar, deitava-se quando eu o mandava deitar, tudo. Era o Patusco, nome inventado pela prima Josefina que lhe achou muita graça quando o viu pela primeira vez, era ele pequerruchinho.
Um dia estava lá em casa o primo Zezito, aquele que depois partiu a espinha no Luna Parque. Mas nessa altura ainda não tinha partido e estávamos os dois a brincar com o Patusco.
Então bateram ao portão e era a avó Amélia, que também ainda não tinha caído da Montanha Russa.
Eu e o Zezito deixámos o Patusco sossegado e fomos abrir.
A avó veio por ali dentro aos tropeções como era seu costume, a perguntar pela mãe. Disse-lhe que estava lá dentro a coser à máquina e olhei para o Zezito. O Zezito ficou atento e abalou a correr para a cozinha.
Quando a avó Amélia ia a chegar à porta de casa, depois de ter atravessado o jardim, muito contente, volta o primo Zezito esbaforido, com qualquer coisa escondida atrás da costas.
E pumba, puxou de um bife com um alfinete curvado na ponta e catrapuz, pendurou-o no fim das costas da avozinha.
A avó Amélia não deu por nada, sabem, estava sempre distraída.
O Patusco já vinha por ali a farejar.
Foi só dizer salta e o Patusco saltou.
O Zezito rebolava-se no chão, agarrado à barriga. Eu também já não podia mais.
Acabaram tirando o Patusco de cima da avó. E levaram-na para o Hospital da Misericórdia. Quando saiu de lá foi para, pouco depois, ter a infelicidade de se esborrachar lá na Montanha Russa do Luna-Parque. Coitadita.
Mas o meu pai não achou bem que tivéssemos feito aquilo e, por isso, não pudemos ir ao cinema no domingo.
Era engraçadíssimo, o primo Zezito. Pena é que lhe tenha acontecido aquela coisa à espinha.
A infância nunca nos sai da memória!
Mário-Henrique Leiria, Novos Contos do Gin
preparem-se que os rapazes estão a chegar...
Entretanto....
encontro em Janeiro Fevereiro em Tomar? a ver sa gente finalmante conhece o Santa Cita?
Para apreciação....
O link do estudo do British Medical Journal que reporta uma série de práticas criativas de contabilidade e de indicadores de sucesso em Hospitais...algumas são bastante sugestivas.... a ética da coisa é claríssima.....não existe! mas a coisa é apresentada com humor bastante familiar.....mas eu juro que nenhum dos autores me é familiar.....
e nos entretantos...
O Ant perdeu-se...
E o Animal ia tendo o seu momento de fama...
Foi uma boa cunspiraçõee, carago!!!
a dignidade no labirinto....
ainda no DN...."A comunidade insular tem vivido entre o fatalismo e o conformismo, quase como realidades inseparáveis. Isto porque, na sua perspectiva, as denúncias sempre correram o risco de ser travadas por pessoas em lugares-chave de decisão."
Anatomia da miséria...material...moral e ética....
no diario de noticias de hoje..."Quando o nome de um médico é apontado como alegado abusador de menores, logo os habitantes da vila de Lagoa lembram que dele depende muita gente, quer para renovar a carta de condução quer para fazer um autópsia, ou até para realizar exames periciais a crianças alegadamente violadas. "
Proposta de conspiraçon para amanhen…
Camarilha… e se inbentáçemos uma iscrita radical???? Um artigo que estou a escrever (secreto ainda mas amanhen conto) e esta confuson de línguas que p’ráqui anda, fez o meu neróniozinho s’alembrar duma coisa…podiamos inbentar uma iscrita que foçe uma mistura de Alvinês, Anarquês e Animalês com Incriptaçon enSonada 100nada de confuson para os Pré-Adolescentes e Pais intenderem e de forma a por ainda mais Arte e Limpidez nesta Tasca de Província e assim, Soltar as Ideias cum iscrita própria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ora amandem aí porradotas no toutiço!!!
Desta vez.....
eu bouea! tive de fazer uns arranjos do caraças pra trucar de turno na oficina de bate chapas que presta assistência ao impurra macas (também tratamos da mecânica) mas já tá.....no dia 13 na Estaçon de S. Bento lá estará um gajo disfarçado de turista australiano a beber Fosters....e com um cão-guru...não háqueganar....
O gajo é lixado...
Parece que os da inter andam danados com o somítico do mafarrico...
Melchom, demónio tesoureiro, é ele que nos infernos paga aos funcionários públicos.
Collin de Plancy, Dicionário Infernal, 1825
ÁTA da RIUNIOM ÇECRÈTA (apanhei o sotaque do AlVino...)
Os conjurados encontraram-se no sítio combinado, ignorando-se uns aos outros para despistar os secretas da mossad que pululavam pelas cercanias disfarçados de arrumadores de carros.
Depois apareceu um pré-adolescente - esse é que era o sinal secreto - e avançamos em pequenos grupos rumo ao segundo local, mas aparentemente os espiões Islandeses interceptaram uma das mensagens e o restaurante estava fechado com a patética desculpa de Domingo Enserra Para Descanço do Peçoál.
Firmes nos nossos intentos, rumamos para o terceiro local, um comedouro infecto chamado Abadia, mas de novo o inimigo antecipou-se e os arrumadores de carros de São Bento estavam a entupir todas as entradas.
Já na iminência de sofrer pesadas baixas no grupo devido a um vírus da fome que nos lançaram, rumamos a um local secretíssimo onde finalmente conseguimos comer e conspirar. Esse local fica por cima de uma fábrica clandestina de vibradores e outros acessórios que são distribuídos em Sex-shops e vendas discretas pelo correio, e para azar, ficamos mesmo por cima da sala onde faziam o controlo de qualidade - aquilo vibrava imenso.
Aquilo que deliberamos naturalmente não será divulgado aqui - caros co-conspiradores, sabem onde ir ler as determinações, estratégias e moções aprovadas.
A única moção pública refere-se ao veemente protesto que enviamos aos serviços secretos das Antilhas pela tempestade de neve que bloqueou o companheiro Anarca, pondo-o ainda mais constipado, e aos esbirros da Intelligence Neozelandeza que mantiveram reféns os cozinheiros da estalagem onde o Anarca se escondia, na infrutífera tentativa de o fazer render pela fome. Um Anarca Ético, mesmo que muito constipado, nunca se rende! Quando muito, usa lenços de papel!
Terminada a reunião, cada um dos conspiradores diluiu-se nas vielas enevoadas da urbe (fica sempre bem um toque poético...).
Mas afinal....
onde é que tá a acta da almoçarada? ninguém fez um report?
Camarilha....de comensais....
é com particular pesar e (inveja comó caraças) que cumunicu que no dia 7 a minha presença no encontro secreto no Porto é impossible..... bem gostava mas assuntos inadiáveis requerem a minha presença elsewere...em todo o caso espero que se adivirtam e falem da marcha do nosso belogue rumo a cacilhas....
REMODELAÇÕES GOVERNAMENTAIS
— Podem sentar-se, meu senhores — determinou o Presidente aos Ministros que, atentos, o esperavam ao longo da mesa magnífica. E sentou-se também, no lugar que lhe competia.— Parece-me ser conveniente uma remodelação integral do ministério.
Entre o silêncio respeitoso, o Presidente levou a mão discreta ao bolso interior do casaco. Tirou o apito e apitou. Três vezes.
A porta da antiquíssima sala dos Passos Longos abriu-se. De par em par. A guarda presidencial entrou e abateu os Ministros com rajada de metralhadora competente. Todos.
— Muito bem — confirmou o Presidente, levantando-se.
O cabo Ludovino encostou a metralhadora à parede com todo o cuidado. Esfregou o nariz, olhou em volta, sorriu e atirou o Presidente pela janela daquele quarto andar.
Mário-Henrique Leira, Novos Contos do Gin