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sexta-feira, julho 02, 2004

Mentira?

Pobre Sampaio. Para começar, há a questão da legitimidade. Nomear Santana Lopes seria legal, mas não seria legítimo. Mais de metade do país já percebeu isso. Como já percebeu que a confiança na democracia não resiste, se as regras, mesmo tácitas, não se cumprem. As palavras «traído» e «burlado», que usaram alguns comentadores, reflectem um sentimento geral. Quem não viu ainda esta evidência anda alegremente na lua. Só que a alternativa assusta. Fora da absurda histeria do futebol, Portugal está hoje dividido como nunca esteve desde '75. O «centro» desapareceu, o «consenso» acabou. No PSD e no PS, os «moderados» saíram. Guterres fugiu e agora fugiu também Barroso. Nada de eufemismos: fugir foi o que eles fizeram. E deixaram para trás gente de um extremismo emocional e político, que promete o pior. O dr. Ferro levou o PS para a Esquerda e Santana Lopes (com Barroso) levou o PSD para a Direita. Tão para a Esquerda e tão para a Direita que o único aliado, ou interlocutor, possível do PS é o dr. Louçã e o único aliado, ou interlocutor, possível do PSD é o dr. Portas. Santana Lopes depende hoje de Portas. Ferro, sem maioria absoluta, dependerá de Louçã e, com maioria absoluta, da sua franja radical. De resto, os dois criaram o caos nos seus próprios partidos, pela demagogia e pela intriga, e os dois, se amanhã governassem (Santana por nomeação, Ferro por eleição), tornariam a «crise» incurável e permanente. Um e outro não inspiram vestígio de respeito; um e outro não se recomendam. Má sorte? Não. Nem Sampaio, nem os portugueses se devem queixar. Estas coisas não sucedem por acaso. Precisam, para suceder, de anos de indiferença, irresponsabilidade e conformismo. Os principais responsáveis pelo presente desastre, o dr. Barroso e o eng. Guterres, passeiam por aí com o respeito público. Mentira?
Vasco Pulido Valente; D.N., 1/7/2004

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