até os bichinhos gostam...
para que não se diga que aqui é só ética e não ligamos à cultura...
Acabei de ouvir uma pobre alma que anda a escrever uma dissertação de mestrado que o seu (dela, alma) orientador lhe recusou o trabalho pele enésima vez. E como não acreditava que a pobre alma tivesse capacidade de produzir obra melhor que aquilo, aconselhava-a a entrar em contacto com umas pessoas que vendem trabalhos académicos. Que eram pessoas muito competentes e faziam trabalhos de qualidade. E o contacto, se quisesse, lho arranjava.
A pobre alma só recusou a proposta. Se fosse eu, tinha-lhe partido os dentes.
Vidros lavados.
Pó limpo.
Tapetes aspirados.
Janelas abertas para tirar o cheiro a bafio.
Chão varrido e encerado.
(Continuam por lá dois "maduros" "pendurados".)
A pena é de quanto tempo?
O desembargador Telo Lucas sabe.
Sabe que há gente acusada de pedofilia a quem nem se coloca em dúvida a possível reincidência no crime.
Mas também sabe que há crianças cuja "estirpe moral está reduzida a cinzas". E por isso, podem mentir.
Assim sendo optou pelo benefício no primeiro.
Como diria o Alberto Pimenta - há sempre um filho-da-puta menor que se reconhece num filho-da-puta maior.
Lisboa, 3 de Abril de 1954. Estou no Hospital da Ordem Terceira, na Rua Serpa Pinto. Abro a mala, retiro o lenço, enxugo os olhos. O meu tio, Dr. Aristides de Sousa Mendes, acaba de falecer, trombose cerebral agravada por pneumonia. (...). O meu tio era um homem bom, sempre a pensar no bem dos outros. É por isso que morre pobre e desonrado.
(...) Após a morte de Aristides foram executadas as hipotecas do recheio da Casa do Passal. Esta ficou ao abandono e os vizinhos passaram a usá-la como galinheiro, pocilga e curral. As novas autoridades portuguesas, as democráticas, estimularam uma fundação a recuperá-la para hotel ou museu. Projecto congelado: a Casa do Passal continua a desfazer-se, é hoje uma cariada cabana de Viriato. Com o seu desaparecimento, ainda há quem tenha a esperança que também desapareça a memória de Aristides Sousa Mendes – será esse um consolo do Antigamente...
Um exemplo a ter em conta. Os tempos que correm não são para solidariedades nem humanismos. Que se fodam os outros. Judeus ou árabes, pretos ou ciganos, eslavos ou mulatos, que se fodam. (pardon my french) A Teresa Guilherme é que sabe.